Com uma vénia (XI)
Sempre disse que, desde que Peter Pan nasceu, eu perdi a (pouca) capacidade de escrever. Muito menos sobre este amor avassalador, amor de mãe tão imaginado e sonhado, mas impossível de descrever, como se fosse preciso inventar novas letras ou palavras para explicar este estado de constante deslumbramento em que vivo, todos os dias, há quase dois anos.
Mas acabei de ler este texto. Com todas as palavras alinhadas na forma perfeita de um sentimento universal. Revejo-me em cada letra. E não posso (nem consigo) dizer mais nada.
[Desde que tu nasceste eu sou uma pessoa, infinitamente, mais feliz. E ser mais feliz acarreta uma série de coisas boas como se o teu nascimento fosse um Euromilhões emocional e, felicidade gera felicidade, desde que tu nasceste, para além de eu ser, infinitamente, mais feliz, todos os dias, ininterruptamente, faço tudo para não baixar os níveis de felicidade no meu corpo: deixei de me importar com coisas que não têm importância, dedico o meu tempo ao que me dá genuíno prazer, deixei de fazer fretes, dou gargalhadas mais sonoras, ando mais vezes descalça, não me escuso às coisas boas da vida, permito-me aos luxos da minha essência, deixo-me viver com prazer.
Sem comentários:
Enviar um comentário