"Já tenho lente para a Canon... nova e de tecnologia mais avançada"
(Se ele estivesse aqui agora agarrava-o com tanta força que até lhe saltavam os olhinhos!!)
"Passou tudo tão depressa / nunca te falei de mim / o que digo não importa / o que sinto talvez sim."
quinta-feira, 31 de julho de 2014
segunda-feira, 28 de julho de 2014
Ressacar
Regressar ao trabalho e ao compasso frenético de quem se deita todas as noites à uma da manhã, e mesmo assim não tem tempo para tudo o que queria fazer, é sempre complicado. Mas desta vez, depois de ter conseguido finalmente baixar o ritmo e aproveitar plenamente cada momento dos poucos mas imensamente bons dias de dormência ociosa que passámos... é quase doloroso.
Visto aqui
domingo, 27 de julho de 2014
Do fundo do coração
O L. acorda e vê-me no sofá, onde me estendi sem fazer barulho para não incomodá-lo tão cedo, diz-me para me ir deitar, trata do Peter Pan, sai de casa com ele e só regressa depois do almoço, para eu poder dormir umas horas descansadas.
Eu tenho a sorte-filha-da-mãe de ter um marido que é tudo e abdicou da sua parte da rambóia de ontem para ficar com o nosso filho. Não posso mesmo pedir mais nada porque me saiu a sorte grande, naquele banco corrido do café em frente à escola, onde demos o nosso primeiro beijo há quase 21 anos. Obrigado.
Eu tenho a sorte-filha-da-mãe de ter um marido que é tudo e abdicou da sua parte da rambóia de ontem para ficar com o nosso filho. Não posso mesmo pedir mais nada porque me saiu a sorte grande, naquele banco corrido do café em frente à escola, onde demos o nosso primeiro beijo há quase 21 anos. Obrigado.
O descalabro
Sair de uma discoteca manhosa ao raiar do dia e entrar em casa às sete e meia da manhã, depois de um jantar regado a sangria e uma noite inteira a dançar na pista (com saltos). Não me lembro da última vez que tinha feito uma destas. Nem de ver a nossa Paula tão feliz. Uma despedida de solteira sem foleirices, muito simples e com detalhes de carinho e cheios de significado, como o painel de fotos dos noivos com cada um dos amigos e as mensagens sinceras de quem só deseja que sejam mesmo felizes para sempre.
quinta-feira, 24 de julho de 2014
Só me falta mesmo o alpendre
O meu conceito de férias é isto. Acordar e ver o mar da janela do quarto. Tomar o pequeno-almoço no buffet cheio de coisas boas (e altamente calóricas), atravessar a rua e pisar a areia. Beber um café no bar da praia enquanto Peter Pan se entretém nos baloiços. Passar o resto da manhã na toalha, a brincar com uma bola, a fazer moches ao pai, a ver as ondas, a chapinhar na pequena lagoa que a maré cheia enche lá ao canto. Sair do areal quando o sol começa a aquecer demais a pele e parar numa esplanada para beber qualquer coisa à sombra e fazer tempo para a hora do almoço, enquanto Peter Pan volta aos baloiços e escorregas e até se esquece que nós existimos (ou então diz-nos adeus com a mão, o sacana). Almoçar num dos três restaurantes daquela rua sem saída, a única da Praia de Porto Novo, que tem praí cinco edifícios, e desses, três são hotéis e um é o hostel onde estamos (muito bem) alojados. Dormir a sesta com o meu pequeno buda, fazer tempo até o sol enfraquecer, voltar a atravessar a rua e repetir tudo de novo. Não fazer nada, absolutamente nada de produtivo ou útil à sociedade. Aproveitar a dolência de uma praia onde estão pouco mais de vinte pessoas, onde Peter Pan pode correr à vontade, onde o único som que se ouve é mesmo o das ondas porque o guarda-sol mais próximo está a muitos metros de distância, onde não há atividades nem planos e os únicos horários que nos preocupam são os das refeições do pequeno.
(Não sei se era capaz de viver assim sempre. Mas não me importava nada de tentar).
(Não sei se era capaz de viver assim sempre. Mas não me importava nada de tentar).
quarta-feira, 23 de julho de 2014
terça-feira, 22 de julho de 2014
segunda-feira, 21 de julho de 2014
domingo, 20 de julho de 2014
Colecionar (II)
O vocabulário de Peter Pan aumenta de dia para dia (hoje disse pela primeira vez "abelha" e "flor", na perfeição). E pensando bem, a maioria do que diz tem a ver com comida...
- kivi
- ufa (uva)
- nana (banana)
- pão
- bolacha
- maxa (massa)
- pêxe (pêssego)
- iába (água)
- bauão (balão)
- quião (camião)
- tutu (comboio)
- mota
- ciqueta (bicicleta)
- axi não (assim não)
- panda
- jé (avô Zé)
- páua (Paula)
- kivi
- ufa (uva)
- nana (banana)
- pão
- bolacha
- maxa (massa)
- pêxe (pêssego)
- iába (água)
- bauão (balão)
- quião (camião)
- tutu (comboio)
- mota
- ciqueta (bicicleta)
- axi não (assim não)
- panda
- jé (avô Zé)
- páua (Paula)
sábado, 19 de julho de 2014
À moda antiga
Festa de anos tem tarte salgada e torta doce, tem frango assado e batatas fritas de pacote, tem bolinhos e patés, mousse de chocolate e gelatinas, minis geladas e limonada. Tem arco de balões para tirar fotografias e a paixão mais recente do aniversariante: pandas (se não podes vencê-los, junta-te a eles...).
Tem a família e os amigos todos juntos, uma algazarra de crianças (as meninas guincham tanto, credo...) e um quarto de brincar que parece uma batalha campal.
Tem o espanto e a alegria de um bebé (quando é que deixarei de achá-lo um bebé?) por ser o centro das atenções, e a animação genuína de quem sente orgulho de ver crescer assim.
sexta-feira, 18 de julho de 2014
A nossa celebração (II)
Quero que Peter Pan tenha memórias felizes de infância, rituais que se repitam e que ele recorde com um sorriso daqui a muitos anos, tradições que se mantenham até ele querer, enquanto não começar a achar a presença dos pais como uma seca descomunal. Uma delas é celebrar o dia do aniversário dele só a três. Seja qual fôr o dia da semana, tiramos férias e fazemos um programa diferente, algo só nosso. Este ano acordámos e depois de encher o nosso pequeno Buda de beijos e abraços, e de lhe oferecermos livros, decidimos levá-lo ao Portugal dos Pequenitos. Pensei que ele não ía ligar muito, porque sinceramente acho que só os adultos podem realmente apreciar todos os pormenores replicados nas casas típicas e nos monumentos feitos à escala, um trabalho notável para ser visto com calma, como quem visita um museu. Mas afinal ele adorou entrar e sair pelas portas onde se sentia grande e até baixava a cabeça com medo de bater com a testa, e delirou andar no comboio e comer um gelado. Andou todo contente até o sono o vencer e começar a ficar com uma birra compreensível para quem não tinha dormido a sesta sagrada. Mas via-se que estava feliz, e só isso importa.
Dois anos de toda a Vida
Gosta de comboios (chama-lhes "tutu"), e fica estarrecido a olhar para motas e bicicletas. Gosta de colo e beijos no queixo, tem muitas cócegas na barriga, nos pés e atrás dos joelhos. Não é aventureiro nem destemido, pede a nossa mão quando anda em terrenos desconhecidos e ganhou medo aos cães, gosta de vê-los, mas ao longe. Adora kivis, bananas, uvas, e ultimamente pêssegos, e sabe pedir exatamente o que quer, quando lhe perguntamos que fruta vai comer. Prefere a fruta descascada mas inteira, para poder agarrá-la com as duas mãos. É louco por gelatina e gelados (se fôr corneto, tanto melhor). Prefere livros e jogos de madeira em vez de brinquedos, mas já vai pegando em camiões de brincar que empurra pelo chão. Aponta corretamente todos os animais e frutos e objetos dos livros, depois de lhe lermos uma ou duas vezes. Adora ver o "Bairro do Panda" e por isso temos todos os episódios gravados. É o seu momento de relaxamento ao final da tarde: chegar a casa e pedir a chucha (na rua já não a usa) e sentar-se ao nosso colo a ver um episódio, enquanto remexe um dedo entre os nossos lábios (uma enfermeira um dia disse-nos "ele está a dar-vos chucha também"). Começou há pouco tempo a não querer ir tomar banho, e arranja todas as estratégias para adiar a coisa, faz gracinhas e põe-se a dançar todo nu, para lhe acharmos graça. Faz caretas e "olhinhos" e ri-se muito sozinho, quando quer chamar a atenção. Porta-se muito bem à mesa, para espanto das pessoas que o vêm assim sentado e sossegado sempre que vamos a um restaurante. Ainda não tive de lidar com nenhuma birra num local público, e as que acontecem em casa também são raras. Adora balões mas fica aflito sempre que um rebenta, não porque se assuste com o barulho, mas porque perdeu um objeto querido e fica com os destroços na mão, a chorar desconsolado até conseguirmos distrai-lo com outra coisa. Tem uns olhos azuis que enfeitiçam toda a gente que se cruza com ele, e de vez em quando ainda é confundido com uma menina (mesmo com calções e boné). Gosta de dormir com chucha, agarrado a uma fralda de pano e ao seu panda do peluche que o pai lhe deu. E ainda adormece ao colo, mais por mimo de mãe, que não consigo prescindir daqueles dez minutos em que posso cheirar-lhe a pele macia e afagar-lhe os caracóis, e ele volta a ser só meu.
(O Amor, este que sinto, continua a ser infinitamente maior que as palavras que me faltam na emoção de vê-lo crescer.)
(O Amor, este que sinto, continua a ser infinitamente maior que as palavras que me faltam na emoção de vê-lo crescer.)
quinta-feira, 17 de julho de 2014
Não querendo abusar da sorte...
Queria ter um alpendre assim. Junto ao mar. Ouvir as ondas todas as noites. E todas as manhãs. Queria viver ao pé da praia. Não era ter uma casa de férias. Era mesmo viver à beira-mar.
(A girl can dream...)
Visto aqui.
(A girl can dream...)
Visto aqui.
terça-feira, 15 de julho de 2014
domingo, 13 de julho de 2014
Momento (CCLXXI)
Se quiser ver o meu filho sossegado, é pô-lo em cima de uma cadeira em frente ao balcão da cozinha, dar-lhe uma taça de plástico e uma colher de pau para a mão, e deixá-lo imitar os meus gestos enquanto faço um bolo.
sábado, 12 de julho de 2014
Ouvir e sentir (CXCV)
Pelas imagens. Pela mensagem. Pela beleza real.
John
Legend
"You & I (Nobody In The World)"
sexta-feira, 11 de julho de 2014
terça-feira, 8 de julho de 2014
Sou fraca (V)
- A seguir ao jantar vou começar a limpar as janelas da cozinha e a persiana, e a parede, e ...
- E que tal irmos para o sofá ver o Noé?
- ... ok, pode ser...
- E que tal irmos para o sofá ver o Noé?
- ... ok, pode ser...
segunda-feira, 7 de julho de 2014
sexta-feira, 4 de julho de 2014
quinta-feira, 3 de julho de 2014
Com uma vénia (XI)
Sempre disse que, desde que Peter Pan nasceu, eu perdi a (pouca) capacidade de escrever. Muito menos sobre este amor avassalador, amor de mãe tão imaginado e sonhado, mas impossível de descrever, como se fosse preciso inventar novas letras ou palavras para explicar este estado de constante deslumbramento em que vivo, todos os dias, há quase dois anos.
Mas acabei de ler este texto. Com todas as palavras alinhadas na forma perfeita de um sentimento universal. Revejo-me em cada letra. E não posso (nem consigo) dizer mais nada.
Mas acabei de ler este texto. Com todas as palavras alinhadas na forma perfeita de um sentimento universal. Revejo-me em cada letra. E não posso (nem consigo) dizer mais nada.
quarta-feira, 2 de julho de 2014
terça-feira, 1 de julho de 2014
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