Dizem-me que as crianças começam a andar de um dia para o outro. Peter Pan não. Tem dado passinhos pequenos nesta aventura de começar a andar sozinho. Tem muito medo e não larga o nosso dedo. Se o soltamos, senta-se de imediato no chão e amua. Faz beicinho, mesmo.
Hoje quero esquecer as três horas e meia de tempo de espera nas urgências pediátricas do hospital (para "compensar" a minha boa experiência anterior) e a frieza do médico que nos atendeu (para meu enorme espanto, porque foi o mesmo que me atendeu tão bem no outro dia... ou seja, não é pediatra...) e quero guardar os sorrisos enternecidos das enfermeiras a ver o nosso pequeno gorducho (que voltou a ser confundido com uma menina...) a percorrer sozinho e com movimentos de boneco a pilhas os corredores, dos braços do L. para os meus, e dos meus para os dele, numa roda viva cheia de risos de orgulho e beijos de incentivo.
(Ou como dizia uma das enfermeiras "ao tempo que aqui estás, vais embora a falar inglês...")
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