Depois daquela conversa de não ter tido lata para ir falar com a Catarina, tentei a sorte de participar no workshop da Milupa sobre nutrição infantil, no Jardim Zoológico e... fui escolhida. Lá fomos nós pela fresquinha, Peter Pan bem disposto e deslumbrado com os ramos das árvores a balançar ao vento, a fazer festinhas no urso da Aptamil mas sem lhe ligar grande coisa, muito sossegado enquanto ouvíamos a explicação da pediatra sobre as necessidades e cuidados a ter na alimentação dos pequenos (e tive de engolir a minha teoria de que o estômago deles não está preparado para digerir chocolate antes dos dois anos, ele fez questão de ir perguntar à pediatra, e logo ao almoço Peter Pan teve direito a uma colherada de mousse de chocolate, dada pelo pai todo inchado de orgulho e satisfação "eu bem dizia..."), e muito bem comportado durante o almoço que se seguiu. Conversa boa e descontraída com a Catarina e a Sara, sobre filhos mas não só, enquanto os maridos se entretinham com futebol e política (confesso que estava com medo que ele apanhasse uma seca descomunal no meio de mulheres, mas correu muito melhor do que estava à espera).
Mas o momento do dia, aquele que fica guardado na memória, foi o espectáculo dos golfinhos. Para mim que me deixo contagiar como uma criança e só me apetece ir fazer-lhes festinhas e nadar com eles (apesar de ficar sempre a pensar no que sentirão aqueles animais, com todo aquele barulho, as palmas, os gritos, o terem de fazer acrobacias para entreter o publico, será que são felizes?) e para Peter Pan, não pelo espectáculo em si que ele não viu, mas pela animação com que olhava para todo o lado, tantas palmas, tanta música, e ele louco a olhar à volta, tanta gente! Aguentou acordado até às 4 da tarde, adormeceu ao meu colo antes de darmos um passeio pelas principais zonas do Zoo, não viu os macacos, os elefantes, ou as girafas, mas sinceramente também não ía perceber grande coisa. Mesmo assim foi muito estímulo para um dia só. Aproveitámos nós para passear nas calmas e gozar o sol morno filtrado pelas sombras das árvores. E prometemos voltar, quando ele fôr mais velho e já conseguir usufruir e ficar feliz com tanta bicharada.
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