Há situações que roçam o inexplicável, e não precisam de ser extraordinárias ou grandiosas.
Há umas três semanas atrás fui almoçar com o meu irmão, e antes de entrar no restaurante fui a uma caixa multibanco levantar vinte euros. Sempre a despachar, como é meu costume, meti o cartão multibanco dentro da carteira, a carteira dentro da mala e entrei no restaurante. De repente fez-se um plim no meu cérebro cada vez mais despassarado: eu não guardei o dinheiro!!! Abri o porta-moedas, abri a carteira, abri os bolsos todos da mala e nada. Voltei a correr à caixa multibanco, sem esperança nenhuma de ver a nota ainda lá plantada, mas nunca se sabe e pelo menos ficava de consciência tranquila por ter tentado. É claro que não estava lá nada. Comentei com o meu irmão, que me disse que se o dinheiro não fôr retirado da ranhura num x espaço de tempo, a máquina recolhe de novo. Eu realmente não tinha ninguém atrás de mim para usar a máquina, mas isso era sorte a mais, até para mim... (também comentei com o meu excelentíssimo sócio de gestão imobiliária e parental, que a única coisa que fez foi abanar a cabeça em sinal de "coitadinha, estás toda queimadita"...)
Hoje, ao verificar o extracto bancário, lá estava: a anulação do levantamento, e a reposição dos vinte euros na minha conta.
E nestes momentos lembro-me sempre da minha mãe a dizer-me "tu nasceste com sorte". E do meu pai. Porque isto não pode ser só sorte.
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