Desta vez tivemos direito a um quarto, mas a noite foi agitada com picos de febre, um cadeirão que faz uma chiadeira infernal de cada vez que mexo um dedo que seja, uma manta minúscula que me deixou a rapar um frio do outro mundo e a entrada de um bebé queixoso para a cama ao lado às 4 da manhã. Peter Pan dormiu pouco, eu menos ainda.
De manhã recusou o leite, simplesmente cerrava os dentes e empurrava o biberão para longe com os braços, coisa nunca vista. Consegui dar-lhe um iogurte mas vomitou logo a seguir. Com a sopa do almoço fez o mesmo. Tiveram de o pôr a soro. Até nisso o meu pequeno é um valente, chorou mais de irritação por lhe estarem a agarrar os braços do que de dor por lhe porem o cateter. Assim que o largaram calou-se logo ( e depois foi a comédia de tentar impedi-lo de morder o cateter e o fio do soro).
À tarde voltámos a tentar dar iogurte (estranhei a escolha da enfermeira, pensei que papa fosse melhor nestes casos, mas correu bem) e já se aguentou. A febre também vai ficando mais espaçada, apesar de continuar a chegar aos 40º.
Recebemos um presente do Dia da Criança entregue pelas educadoras do hospital, vestidas a preceito para arrancar sorrisos, uma galinha, um porco, outros animais, todos para alegrar um pouco estes meninos que vão passar o Dia da Criança aqui: um chapéu panamá que lhe cai pelos olhos abaixo, um camião em miniatura, um balde de praia com as pás e formas para moldar areia, do Noddy (então que o pai adora o Noddy “esse p#%$”&%#”) e um balão que foi o que acabou por lhe chamar mais a atenção, quando descobriu que se tentasse mordê-lo aquilo fazia uma chiadeira louca.