Não fosse esta meia bola de andebol que cresce devagar aqui à minha frente, não me diría grávida. Quando passam vários dias sem sentir absolutamente nada (uma benção dos deuses, sem dúvida), deixo-me invadir por dúvidas e começa a ansiedade de saber se está tudo bem. Nessas alturas, os 10-centímetros-de-gente que não pára de se mexer durante os exames de rotina e faz a vida negra ao médico que tenta apanhar-lhe o batimento cardíaco; arranja sempre forma de me acalmar as incertezas de quem vive pela primeira vez num mundo por descobrir (ando a ver muito Terra Nova...) e para quem tudo é novo e tem cores e texturas até agora só sonhadas ("queres sentir a minha presença, certo? Seja feita a tua vontade...").
(Se é verdade o que se costuma dizer, que um bebé cabeludo dá azia à mãe, então eu trago dentro de mim a Rapunzel...).
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