Uma casa no meio do nada (Cabeça da Cabra não lembra a ninguém...). Almoços de peixe grelhado. Jantares de marisco. Arroz doce quente (nem deu tempo de decorar com canela em pó). Nove pessoas e meia à mesa (e quem mais aparecesse...). A família dele que também é minha. Toda reunida. Quem nos conhece sabe o que isso quer dizer. Passar vergonhas no supermercado. Palhaçada sem fim. Baboseiras sem travões. Conversas de ir às lágrimas (de tanto rir). A minha afilhada em todo o seu esplendor ("tu tás a ralhar comigo?"). Serões de poker e limoncello. Noites de melgas e colchões de praia espalhados pela sala.
[Não podia ter melhor família "emprestada". Os meus cunhados fazem-me lembrar os meus irmãos (principalmente o N., são tão parecidos). Insolentes, desbocados. Diversão pura. A S., a minha cunhada francesa de voz doce, conquistou-me desde a primeira vez que falámos. Partilhamos a mesma "sogra" e o carinho que lhe temos (coisa rara, eu sei). Hoje ela encontrou o meu marcador de livros, que eu julguei ter perdido para sempre depois de uma rajada de vento mais forte varrer o areal e escancarar as páginas do Fúria das Vinhas, e abracei-a quase a chorar. Contei-lhe a história deste postal que me acompanha há mais de 10 anos. Ela compreendeu. Compreende sempre.]
Praia. Muita praia. Muitos mergulhos na água morna (gentilmente cedida pela EDP). Muita brincadeira na areia com a E. Muito sal na pele. E raios de sol na alma. Numa outra encarnação devo ter sido surfista. Ou alforreca. Só assim consigo explicar esta adoração pelo mar.
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