terça-feira, 2 de agosto de 2011

Momento (CLXIX)

Ao segundo dia a chegar a casa às 9 da noite (já não estou a trabalhar por duas, mas fazer um orçamento rectificativo vai dar ao mesmo...), ter o jantar pronto (cravado à mãe, um luxo...) e ter o puto grande e a família à mesa (faltou o D., mas ele está em Milfontes, melhor do que todos nós juntos).  O olhar embevecido (completamente babado, vá...) da minha mãe a olhar para a neta. O meu olhar tão ou mais embevecido a olhar para estas  mãos, para as gracinhas, para os sorrisos e os beicinhos, para o esfregar os olhos com sono, para o tentar morder o meu ombro porque os dentes estão quase a nascer e para o fingir que chora quando não lhe dão as coisas que ela quer. Vai ser um terror, com uma personalidade fortíssima, e vai moer a cabeça aos pais até se cansar (e deixá-los de rastos...). O N. e a C. contam episódios de "puxar os cabelos". E eu rio. Eles dizem "deixa, um dia calha-te a ti". E eu sorrio. Porque só consigo ver o ser adorável que dorme sereno no colo do pai.
A minha sobrinha é perfeita.



(Faltam-me as palavras para tanta doçura).

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