sexta-feira, 19 de abril de 2013

Eu vou

Foi por causa deste post que me fui inscrever como dadora de medula óssea. Não consigo, não quero, não posso imaginar a dor e o sofrimento desta mãe. Não consigo, não quero, não posso olhar para o meu filho e pensar que podería ser ele naquela situação. Nenhuma criança devería conhecer dor maior do que a de um joelho esfolado, ou tristeza maior do que a de um castigo por se ter portado mal. Nenhuma mãe devia ouvir as palavras "não podemos fazer mais nada por ele". Admiro a força e a coragem desta mãe tanto como admiro a generosidade e a garra de quem meteu mãos à obra e conseguir organizar em 4 ou 5 dias um evento que está a tomar proporções maiores do que elas próprias imaginavam, julgo eu. De quem se deu ao trabalho de ter trabalho, de trocar o tempo com a família e os filhos por horas a preparar tudo o que um evento desta natureza, por mais "pequeno" que seja, exige. É tão mais fácil ficar em casa a brincar com os filhos. Ou ir para a praia num sábado de sol.
Confesso que não planeava ir, a minha ideia era usar o dinheiro que ía gastar em combustível e portagens (quase 40 euros), juntar mais algum e depositar directamente na conta do Rodrigo. Mas a vida tem destas ironias: o L. tem de ir a Lisboa a um funeral. E assim arranjei boleia, e amanhã lá estarei com Peter Pan a reboque,  para contribuir como posso, para ajudar a dar esperança a um menino com olhos doces e alento a uma mãe com olhos cansados, porque se aquele menino fosse o meu, se aquela mãe fosse eu, gostaría que fizessem o mesmo por mim.

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