sábado, 30 de junho de 2012

Ter vocação

Quase todos os meninos passam por uma fase em que querem ser bombeiros quando forem grandes. Mas depois passa-lhes. Ninguém escolhe a profissão de bombeiro pelo dinheiro ou prestígio de uma grande carreira. Pode até ser pela adrenalina ou pela possibilidade de conduzir ambulâncias em excesso de velocidade e por sentidos proibidos e sinais vermelhos. Mas ser bombeiro não é isso (ou não é só isso). É carregar com velhotas de mais de cem kilos pelas escadas até um quarto andar. Ver um menino de três anos morrer-lhe nos braços depois de cair de uma varanda. Ou ter de fazer um parto de emergência. E para isso é preciso muito mais do que a vontade que os jovens de dezassete anos têm quando se inscrevem como voluntários.
O meu puto mais novo é bombeiro. De profissão. De vocação. Faz o que adora. Aprende tudo o que pode, numa ânsia constante de ser melhor. Hoje foi a cerimónia em que subiu a bombeiro de 1ª. E recebeu uma medalha por dez anos de serviço. Hoje foi um dia de orgulho imenso para ele e para nós, a família toda reunida para partilhar um momento tão importante para ele (terías sido tu a colocar-lhe as divisas nos ombros. O N. substituiu-te como padrinho. Viste como ele estava feliz por estarmos todos presentes?)


2 comentários:

  1. Momentos emotivos, sem dúvida. Parabéns a esse bombeiro de alma e coração! :)

    ResponderEliminar
  2. Anna^, muito obrigado, é sempre gratificante ver as pessoas de quem gostamos a alcançar o que sonharam e aquilo pelo que se esforçaram, certo? :))

    ResponderEliminar