sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Antes de adormecer

Sim, porque agora basta pousar a cabeça na almofada (qualquer uma)  e adormeço em dois minutos. Não consigo ver um filme até ao fim ou ler uma página completa de um livro (nem um artigo de uma revista sequer...). Foi o meu primeiro sintoma, notado por ele antes de eu ponderar que talvez sim, "andas a dormir muito, mais do que o normal". Depois, já depois de um número mágico num papel me deixar cheia de cuidados (mas sem medos irracionais nem ansiedade) veio a fome, e eu, que passava seis ou sete horas sem comer (e sem me lembrar disso) passei a sentir uma necessidade física de me alimentar de duas em duas horas. O corpo pede mesmo. Acabaram-se os jantares de bolachas e iogurtes. Começou o problema do "agora não podemos ir comer sushi...".
Só senti um enjoo uma vez, mas foi o suficiente para me fazer respeitar todas as mulheres que passam por isto durante três meses (ou pior, durante toda a gravidez). Evito qualquer tipo de esforço físico e não pego em nada que pese mais de um quilo (nem nas minhas afilhadas, com muita pena minha). Continuo a trabalhar ao mesmo ritmo (esta semana foram três dias a sair depois das nove da noite, para acabar o maldito orçamento), mas só uso o elevador e levo um verdadeiro farnel para ir comendo durante o dia. A roupa continua a servir-me, mas já noto algum desconforto quando visto calças mais justas. Fora isso, estou muito serena e até me estranho, não pensava que fosse capaz de viver este primeiro trimestre (o risco de alguma coisa correr mal existe sempre) com tanta tranquilidade.
Ontem voltei a ouvir o coração da minha miniatura de gente,  a 225 à hora. Hoje completo dois meses de gravidez. Como diz a minha médica de família "agora é só esperar que ganhe placenta".

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