sábado, 7 de fevereiro de 2009

Ternura (III)

Ele diz duas palavras num tom de voz mais alto enquanto brinca com a I. e a princesa assusta-se e começa a choramingar com birra de sono.
Pego nela ao colo e encosto o corpo pequenino e quente ao meu peito, como tantas vezes sonhei fazer com um filho meu. Sinto o calor que emana do pijama cor de rosa, e começo a sentir a cabeça dela a pender pesadamente no meu ombro, enquanto os dedos em miniatura brincam com os meus cabelos (puxar sería o termo mais adequado).
Quando vejo as pestanas a fecharem-se sem resistência, vou deitá-la e aconchego-lhe a manta junto à bochecha, como ela gosta. E fico a vê-la ainda a esfregar os olhos, enquanto estremeço de frio.

Sem comentários:

Enviar um comentário