sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

O pior...

... não foram as 3 horas na sala de espera a abarrotar de casais como nós. Não foi ver uma mulher cá fora, lavada em lágrimas, como eu já estive também ali, e saber que a compreendo tão bem. Não foi mais um exame que incluía o frio e desconfortável bico-de-pato. Não foi a descrição detalhada do processo que nos espera, medicamentos que vão custar entre 500 e 1000 €, idas a Coimbra de dois em dois dias, sempre às 8 da manhã, a punção feita com anestesia geral, outra possível biópsia para ele, a transferência de 2 ou 3 ovócitos "como preferirem", a espera angustiante de 2 semanas para saber se resultou, e em caso afirmativo, o internamento durante 1 ou 2 semanas, para "garantir um controlo apertado do início da gravidez, que não teríamos se fosse para casa". Nem sequer foi a informação de que as hipóteses de sucesso são de 30% "ou seja, em cada três mulheres que fazem o tratamento, só uma fica grávida".
O pior foi saber que só vou ser chamada daqui a 3 meses. Que vou ter de esperar até Junho ou Julho para iniciar o tratamento. Esta espera corrói-me, tira-me as forças e o alento, desespera-me.
Eu quero acreditar nos sonhos, mas já não é este ano que tenho um filho.

7 comentários:

  1. vai dar certo, Rosa Negra, vais ver. e, quem sabe,... a dobrar :)

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  2. San, eu tenho fé que vai dar certo (e com a sorte que eu tenho, vai ser mesmo a dobrar), mas está a demorar muito tempo.

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  3. quando ficares cá, não estarás sozinha... estarei por perto para te dar miminhos pessoalmente...

    Beijo grande, Rosita :o)

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  4. free, eu digo o mesmo :)

    dejalo querida, obrigado por tanto carinho :))

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  5. Só desejo que o tempo passe rápido,que imagino que não adiante dizer-te para não ficares ansiosa perante a inevitabilidade da espera. Tenta serenar, e concentrar-te então no ano que vem, e no que ele te trará. O tempo passa mais rápido quando nos focamos no positivo. A sério.

    Beijinho, paciência e força

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  6. Safira, não consigo encaixar a ideia "do ano que vem", revolta-me esta impotência e irrita-me saber que não há nada que eu possa fazer a não ser ficar de braços cruzados à espera que o telefone toque.
    Agradeço as tuas palavras, sei que são sentidas, mas não está fácil de concretizar.
    Beijos para ti

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