segunda-feira, 6 de maio de 2019

Metáfora de vida...

No Inverno consegui matar uma das poucas plantas que até agora tinham sobrevivido nas minhas mãos, e que teve uma longuíssima vida de seis anos. Tentei tudo para salvá-la, mas não aguentou o gelo, as folhas caíram todas, os caules secaram, e eu passei-lhe a certidão de óbito com muita pena, depois de meses à espera de um milagre.
No dia em que decidi trazer outra planta para ocupar aquele vaso, e quando me preparava para deitar fora a terra que ainda lá estava com as raízes moribundas... vejo um rebento. Minúsculo, mais pequeno que uma ervilha. Mas uma folha verde, a lutar pela vida.
E ali estava eu, com uma planta nova a estrear, pronta para ocupar um espaço que esteve vazio durante meses, e cheia de possibilidades e promessas de beleza e cor. E com um rebento quase invisível, sem nenhuma certeza de que consegue vingar e ganhar raízes outra vez, sem nenhuma esperança de que cresça e volte a ser a planta que tanto significado tinha para mim.
Não tive coragem de deitar o rebento fora. O tempo dirá se ele sobrevive ou não. E se algum dia voltará a florir.


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