segunda-feira, 18 de julho de 2016

Quatro anos de toda a Vida

Há quatro anos atrás, a esta hora, começava a mudança mais drástica e marcante da minha vida, a mais desejada e sonhada, num rebentar de águas que foi prenúncio das marés de emoções que se seguiram, que varreram tudo à sua passagem e moldaram a pessoa que passei a ser.
Há uma frase de um filme que diz "Ter um filho é como fazer uma tatuagem na cara: tens de ter a certeza." Sempre tive essa certeza. Anos antes deste dia, e todos os dias destes quatro anos que passaram. 
Todas as manhãs em que Peter Pan entra de mansinho no quarto, a almofada numa mão e o peluche na outra, para se vir enroscar nos meus braços, fazer-me festas na cara, e estender-me a bochecha e o queixo para que os encha de beijos.
Todos os dias em que ele dá respostas tortas ("as desculpas não se pedem, evitam-se"), faz birra porque não quer tomar banho, pedincha bolachas e rebuçados antes das refeições, quer tocar tambor e jogar à bola dentro de casa, e mostra a personalidade forte que se está a formar por detrás daqueles olhos azul-céu pestanudos.
E todas as noites em que me ajoelho ao lado da cama dele para beijá-lo e cheirá-lo antes de me ir deitar. E é assim, de joelhos, que agradeço a Deus por me ter permitido ser mãe, por me ter dado este filho carinhoso e saudável, este menino-anjo que me enche o coração de ternura e de Amor, puro, incondicional, visceral, que me faz querer ser melhor pessoa, um exemplo a seguir, o porto de abrigo e o colo reparador, sempre por ele e para ele. 

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