Ver o meu filho a comer é das imagens mais bonitas que tenho. Perco-me a observar-lhe os gestos, os olhares, as expressões faciais tão pronunciadas de cada estado de espírito (mesmo daqueles que me levam ao limite da paciência humana).
Sentir o calor dele quando se vem enroscar em mim depois da sesta, e ficamos assim, deitados frente a frente, as mãos macias a segurar-me a cara e os olhos atentos fixos nos meus.
Saborear-lhe as bochechas fofas em mil beijos que ele (ainda) aceita deliciado enquanto me aperta o pescoço num abraço de mimo.
Cheirar-lhe a pele doce de menino anjo enquanto dorme sereno, e pedir a deus para que o seu sono seja sempre assim.
Ouvir-lhe as gargalhadas puras e inocentes enquanto dançamos (aos saltos...) no tapete da sala, e sentir o coração a insuflar no peito; escutar as canções que passa o dia a cantarolar e que me deixam sempre a sorrir, tanto como a voz grossa com que dá ordens como se fosse um general na frente de um pelotão.
Dar-lhe colo, sempre. Dizer que é o meu amor pequenino, todos os dias.
Querer que ele saiba que foi a maior benção que a vida me deu, que me tornou completa e serena, que me deu paz. Estar presente e ser feliz, para lhe dar o exemplo vivido que o guiará, para que se sinta protegido e amado em todos os momentos, e para que tenha como verdade inabalável a certeza do meu apoio incondicional e do meu amor mais puro.
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