domingo, 29 de setembro de 2013

Votar

"Porque o meu pai e a minha mãe viveram num tempo em que participar nas decisões não era uma opção. E eu aprendi que é isso que distingue uma democracia de outros regimes que não desejamos: poder votar. Poder escolher".

É por isto, exactamente por isto, que saí de casa já passava das seis da tarde, debaixo de chuva intensa, para poder exercer o meu direito de escolher, neste caso não o candidato que queria, mas sim o candidato que não queria de maneira nenhuma. 

O meu mísero voto vai fazer a diferença? Quero acreditar que sim. Pelo menos fiz a minha escolha. Já posso criticar à vontade.

(E agora que as eleições acabaram, vamos rir-nos do quê?)

Deve ser sina...

Não há fim de semana nenhum (a bem dizer, não há dia nenhum...) em que Peter Pan não acorde antes das 8 da manhã. Nem uma abébia de meia hora, nada.
Hoje, com a Paula... dormiu até às 9 sem um pio...

(vais recambiado para casa da tia, ai vais vais...)

Mimar(-nos) (III)

Pequeno-almoço de hotel e piscina do SPA. Experimentar o jacuzzi, o duche tropical, o blue mist e o duche escocês. Deitar-me na espreguiçadeira aquecida e fechar os olhos enquanto ele se perde na sauna. "Quando nos sair o euromilhões mandamos construir uma piscina assim na nossa casa nova". Sorrir com a ideia. Sentir a cabeça leve e vazia. E respirar fundo.

sábado, 28 de setembro de 2013

Mimar(-nos) II

Saímos do quarto e na recepção perguntamos onde podemos encontrar comida que faz mal, mesmo mal. Aconselham-nos a Taberna Bocatin. Meio bar, meio restaurante, aberto até às duas da manhã e onde se pode fumar. Tapas e petiscos. Imperiais e muita conversa. Sem horários, sem preocupações (com a certeza de que Peter Pan estava a dormir como um anjo, ao cuidado atento da tia Paula). Só os dois.


Há tanto tempo que não fazíamos isto...

(e depois sou eu...)

Entramos no quarto (fantástico, exactamente como está publicitado) e enquanto eu dou uma volta pelo espaço, ele verifica se a rede wireless é mesmo "free". Vejo-o calado durante uns minutos e pergunto:
- Então, não há net?
- Não estou na net, estou a ver fotos do Pedro...

(Quem diría...)

Mimar(-nos)

Porque "nós" merecemos...




Ainda e sempre

Faz sentido continuarmos a celebrar o aniversário de namoro? A data em que nos beijámos pela primeira vez naquele banco corrido ao fundo do café que já não existe? Para mim faz. Ainda por cima são 20 anos. Vinte. Anos. Tudo o que vivemos. Tudo o que crescemos. Juntos. Sempre juntos. Devemos ser umas aves raras nesta época em que as relações não aguentam a primeira contrariedade, em que as pessoas não estão para se chatear e ter trabalho. O trabalho que dá manter a chama acesa, mesmo que muitas vezes abane com ventos gélidos que varrem de várias direcções, que quase a fazem desaparecer num rasto de fumo em espiral. O trabalho que dá proteger e mimar os sorrisos e as borboletas na barriga, mesmo quando estamos de mau humor ou as horas não chegam para mostrar o carinho que o outro nos faz sentir.
Sim, faz sentido festejar este dia, recordar como tudo começou, reflectir sobre o que já passou, e pensar em tudo o que nos falta viver ainda. Porque o amor, todo o tipo de amor, deve ser celebrado e acarinhado e levado nas palminhas para não definhar, para não morrer.
Neste último ano o "nós" foi ficando para segundo plano, é natural, deu origem a um amor novo que nos preencheu os dias de uma forma total e avassaladora. Neste último ano deixámos de ser um casal para passarmos a ser ele, o nosso amor pequenino, o nosso sopro de vida. Devagar, pouco a pouco, vamos retomando os gestos e momentos só nossos, o abraço em que adormecemos e que me traz os sonhos, os filmes vistos a dois pela noite dentro, os risos e as piadas a que só nós achamos graça.
O nosso mundo já só faz sentido a três, mas para nos sentirmos plenos teremos de ser antes de tudo nós, que para além de pais são homem e mulher, sócios de gestão imobiliária e gestores de finanças familiares, coordenadores de actividades e bobos da corte para entreter o pequeno lorde, mas também amigos e amantes, companheiros desta viagem que já dura há vinte anos.
Porque o que interessa não é chegar, é fazer a viagem.

Por isso digo e repito porque continuo a senti-lo como verdade absoluta. 
Mesmo que o futuro nos trocasse as voltas amanhã. 
Serás sempre o amor da minha vida

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

O estado geral a que esta casa chegou....

Ele adormeceu no sofá nos vinte minutos que demorei a fazer o jantar. Cá em casa não se incomoda quem dorme a não ser em caso de catástrofe iminente. Perto da meia-noite abriu os olhos, estremunhado.
- Acho que vou para a cama...
- Sabes que não jantaste, certo?
Olhou-me de esguelha, não percebi se estava a tentar focar a minha cara ou a lembrar-se se realmente tinha comido.
- Não?! Mas também não tenho fome...
(O cansaço é mais forte...)

Só novidades

Pronunciar pela primeira vez as palavras cócó e chucha.
E o primeiro galo na testa.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Guilty pleasure (III)

Só porque gosto do ritmo...

Ellie Goulding
"Burn"



domingo, 22 de setembro de 2013

Guilty pleasure (II)

Miley Cyrus
"Wrecking Ball"


(Pronto, já disse...)

sábado, 21 de setembro de 2013

(Afinal há esperança...)

Voltar a ver filmes "como antigamente..."

Lana Del Rey
"Young and Beautiful"
(The Great Gatsby OST)


(Não gosto muito desta mania de fazer filmes de época com uma banda sonora actual mas... e a nível visual é impressionante...).

Eu já tive uma sala arrumada...

... parece que foi numa vida passada...


Acordar bem disposta

Às 11 da manhã... um luxo...

Anna Kendrick 
"When I'm Gone"





sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Momento (CCXVII)

O "chefe" veio de Israel e trouxe uma lembrança para as meninas.


(Visitar Jerusalém deve ser avassalador...)

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Uma coisa à séria

Fomos finalmente fazer a sessão fotográfica mãe-filho que o L. me tinha oferecido como prenda do meu primeiro Dia da Mãe (e adiada à pressa na véspera, pela pior das razões). 45 minutos que vão resultar em 50 fotos, do Peter Pan sozinho a fazer caretas, a bater palmas, a virar um livro do avesso e a tentar apanhar bolas de sabão do ar (quando me disseram para trazer os brinquedos favoritos dele, lembrei-em logo das bolas de sabão, dão fotos tão giras), de nós os dois com ele a puxar-me os cabelos (deve ter ficado uma coisa esperta...) e de nós os três numa fase em que ele já estava a ficar saturado e a coisa começou a descambar. Mas no meio de tudo isto o fotógrafo disse-nos admirado que não era normal uma sessão com um bebé correr tão bem, e que ele devia estar habituado a ser fotografado (mal sabe ele das quase 3.000 fotos que tenho em casa...).

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Encantar(-me)

Os primeiros lençóis de flanela de Peter Pan. Herdados da prima. Tão fofos, tão amorosos que até a mim me apetece deitar neles...


segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Momento (CCXVI)

Ver o pequeno buda a delirar nas aulas de natação, a atirar-se para dentro de água à maluca, sem medos.



Suspiro (tão) profundo...


(Foto daqui)

sábado, 14 de setembro de 2013

Momento (CCXV)

Fazer questão de ir à apresentação do livro da Catarina, em Leiria. Só porque sim. Porque as pesssoas por trás das palavras foram a maior e melhor surpresa que isto me trouxe. Na companhia da Paula e de um Peter Pan muito bem disposto, que aguentou acordado até às onze da noite.
Ouvir uma mensagem que sei de cor, mas que tantas vezes fica esquecida nas desculpas esfarrapadas do tempo que nunca chega: "faz questão de dizer àqueles que amas o quanto eles são importantes para ti. Não deixes para amanhã as palavras amo-te, gosto muito de ti, estás tão bonita".

Momento (CCXIV)

Um encontro quase a correr para ver as estátuas vivas, pôr a conversa em dia e ficar a saber como está o pequeno pixel que já se sabe que é um rapaz, mais um amigo para Peter Pan (é tão bom vermos os nossos amigos felizes).











sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Espairecer

Deixar Peter Pan com o pai e ir beber copos para a concentração. Com a Paula, claro. Caipirinhas e confidências. Um casal que nos veio perguntar se éramos portuguesas. Ela dizia que sim, ele dizia que não, que devíamos ser do Reino Unido ou da Eslovénia (?). (Ok temos tudo menos ar de motards, mas não é preciso chegar a tanto...) Mais caipirinhas e conversas de mulheres. Tudo para chegar a duas conclusões:
- Iniciar uma relação nova deve dar uma trabalheira descomunal...
- Se por algum azar do tamanho de um camião TIR eu estivesse ou ficasse agora sozinha... ía ser uma cabra do pior...

E criar novos (bons) hábitos

Desde que voltei ao trabalho tive de criar uma nova rotina para as manhãs. Acordar às oito passou a ser só uma recordação longínqua. Mais não seja porque Peter Pan dá toque de alvorada antes das sete. Nunca mais acordei mal disposta. Ramelosa e em estado zombie, sim. Rabugenta e a praguejar contra a vida, não. Acordo a sorrir com o som do parlar do meu filho. Ainda de olhos fechados, fico ali a ouvir os bruuuuuuu's, os da-dásss, e todo um discurso empolgado que ele tem tem com os peluches. Não chora, não grita, fica ali a falar sozinho. E eu sorrio. De manhã. Quem diría?
Entro no quarto dele, dou-lhe um pouco de água, ajeito-o na cama, devolvo-lhe a chucha perdida no meio dos lençóis e volto a sair, fechando a porta para não entrar luz nenhuma. E ele fica-se a dormitar mais um pouco. O tempo suficiente para eu tomar banho, pôr creme no corpo (foi preciso chegar aos 35 para me habituar a pôr creme no corpo todas as manhãs, religiosamente. Aquilo que dantes fazia quase por frete e como uma perda de tempo, passou a ser um ritual diário que me lembra da importância de cuidar de mim) vestir-me e dar cor à cara, tomar o pequeno-almoço devagar (e sentada à mesa, com calma, a ouvir o silêncio da casa... outra mudança drástica) e preparar o biberão de leite dele.
Depois, já pronta para sair de casa, abro devagarinho o estore, vejo-o a levantar a cabeça à procura da luz, a encontrar-me com os olhos ainda inchados de sono, a boca a abrir-se num sorriso imenso, a mão a abrir-se num chamamento para pegar nele, fico ali uns segundos só a olhar para aquele corpo gorducho no seu babygrow colorido, gosto de o ver assim vestido à bebé, o meu bebé grande, antes de o vestir à homenzinho (betinho, nas palavras do pai), o meu menino, a luz das minhas manhãs, a alegria que nunca julguei possível ter antes de beber café.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Retomar os velhos (maus) hábitos

Dormir cinco horas por noite (todos os dias da semana) é coisinha para não ser muito saudável...

domingo, 8 de setembro de 2013

Ouvir e sentir (CLXXXI)

Ando a cantarolar isto desde que acordei...

James Arthur
"Impossible" (Shontelle)





sábado, 7 de setembro de 2013

Momento (CCXIII)

Panquecas com gelado.  Os três sentados à mesa a lanchar. Depois de uma manhã de correria de compras (com Peter Pan feliz da vida e excitadíssimo com tanta agitação) e uma sesta imensa a dois enquanto o pai descia o rio de canoa. Panquecas com pêssegos e mel. A nossa família junta à mesa. Antes de um final de tarde de arrumações e preparativos para a próxima estação (com Peter Pan entregue ao pai e intratável de tão irrequieto, quer andar mas ainda não consegue equilibrar-se, quer mexer em tudo mas ainda não chega lá, grita imenso de boca escancarada de frustração, mas no minuto a seguir está a fazer um discurso completo com gestos expressivos e tudo, com um ar de indignação que mete respeito).

domingo, 1 de setembro de 2013