As gargalhadas de Peter Pan quando lhe beijo o pescoço. O palrar incessante. As nossas brincadeiras em frente ao espelho, com ele a olhar para o meu reflexo, depois a olhar directamente para a minha cara, e de novo para o meu reflexo no espelho, numa descoberta sem fim e admirável. Vê-lo a fitar-me com aqueles olhos azuis enormes, a desviar o olhar, e a voltar a cara devagarinho para confirmar se eu ainda lá estou, de onde me lança um sorriso de boca escancarada e desdentada. Rir-me com o espernear desenfreado de quem tem braços e pernas com vida própria. O corpo quente no meu colo, aos saltos de satisfação enquanto cusca tudo à sua volta, olhos arregalados e boca aberta de espanto. E a pele macia das mãos rechonchudas que beijo devagarinho enquanto ele mama.
(Sim, agora só falo do meu filho, meu amor pequenino, meu coração. Era isto ou a preocupação com a minha mãe internada há uma semana e meia. Com uma infecção urinária. E uma infecção respiratória. E um esgotamento nervoso. Tudo ao mesmo tempo. Tudo sem reacção eficaz aos medicamentos. Por isso sim, falo do meu filho, a minha maior alegria por estes dias, a mais profunda razão para continuar a sorrir.)
Como ele está a crescer :)))
ResponderEliminar(as melhoras da tua mãe e que tudo corra bem)
beijinho
Obrigado Anna^, já estamos a ver progressos no estado de saúde dela, já respiramos de alívio :)
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