Passar o Dia da Mãe na cama, a ouvir a chuva a cair lá fora parece um sonho tornado realidade. Não fosse a febre e as dores paralisantes no corpo todo, não fosse a dor de cabeça que não me deixa manter os olhos abertos e que torna cada grito de alegria de Peter Pan um tormento que engulo em seco para que ele não estranhe ainda mais, bem basta ver a mãe deitada na cama, sem lhe dar os mimos do costume, sem enchê-lo de beijos e cócegas, sem vontade de brincar com ele.
Gripe ou descarga sintomática de um dia que queria feliz mas que me pesa por não ter a quem desejá-lo feliz, pior ainda, por não poder dar-lhe os parabéns por mais um ano de vida. O Dia da Mãe e o dia da Minha mãe unidos, indissociáveis, como vão continuar na minha agenda sentimental e na memória inconsciente que hoje levou o meu corpo à exaustão.
Darko Feat. Iolanda
"Crying Out"
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