Peter Pan ainda não gatinha mas já se arrasta fincando os pés e batendo com as palmas das mãos com muita força no chão. Ou então anda à volta sobre o eixo daquela pequena pança adorável. Ralha imenso de dedo estendido para a nossa cara, fala pelos cotovelos (gostava tanto de perceber o que quer dizer) e as feições dele estão a mudar outra vez.
Ando a curar uma rinofaringite em estado avançado. Duas semanas de tosse de cão daquelas assustadoras antes de me decidir a ir a uma urgência no hospital. Raio-x e anti-histamínico para a veia. Dois antibióticos e outros dois medicamentos para continuar a tomar em casa. Proteger-me de mudanças bruscas de temperatura e beber litros e litros de líquidos (sem alcool, de preferência...). A tosse está muito melhor. Agora ando ranhosa. E ele diz que eu pareço uma velha a tomar medicamentos a todas as refeições.
Há dois dias atrás, Peter Pan estava sentado á frente do pai a tentar meter o chinelo dele na boca. O pai não deixava, uma vez, duas vezes, e à terceira teve a ideia luminosa de se virar de costas para ele para morder o chinelo descansado, a pensar "se ele não vir o que eu estou a fazer, a coisa corre bem". Não correu, claro, mas valeu a intenção...
Hoje deu-me na real gana de pedir à cabeleireira para me cortar a franja. Fomos comprar o material necessário para o pequeno buda iniciar a natação na próxima semana,e trouxemos a reboque três embalagens de gelado que combinam tão bem com noites no sofá. O nosso almoço acabou em javardeira.
E ele acabou de entrar em casa com uma pizza com aspecto delicioso.
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