terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Sem máscara

Ontem à noite ele disse que era boa ideia acordar cedo e aproveitar o feriado de Carnaval que está estabelecido nos nossos contratos de trabalho para ir fazer uma caminhada "eu vou ao teu lado de bicicleta" (depois das motas, dos jipes e do airsoft, a nova mania que o arranca da cama todas as manhãs aos fins de semana e feriados é a bicicleta). E aqui a tontinha deixou-se convencer, a pensar que sería uma coisa soft, para começar. Para quem não tirou o cu do sofá nos últimos 5 meses, uma caminhada de 1 hora, sem paragens, não é soft! ("já estás a fazer queixinhas ao teu blog, é?" ). A verdade é que por mais que o médico diga que está tudo bem e já posso fazer a minha vida normal (sem andar pendurada nos parapeitos a lavar janelas nem sexo selvagem), há sempre uma réstia de medo de fazer alguma coisa errada que me arranque da nuvem onde tenho vivido.
É claro que correu tudo bem, não tive nenhuma taquicardia, a miniatura não se queixou, e na consulta médica da tarde (pelo menos no centro de saúde cá da zona as ordens do PM foram cumpridas, e a minha médica de família trabalhou como gente grande) lá estava o batimento cardíaco normal para comprová-lo.
Por isso é capaz de não ser má ideia começar a fazer isto mais vezes, de manhã ao fim de semana, e à noite durante a semana, quando o frio der tréguas e o sofá deixar.
Entretanto houve tempo para levar a avó R. a visitar a casa do genro e vasculhar todos os cantos para ver se estava tudo no sítio,  e levar a mãe a jantar "nos pratinhos que andam à roda". Sem desfiles abrasileirados, sem ovos podres, sem tipos desconjunturados vestidos de mulher, a tentarem equilibrar-se em cima de saltos altos (dói, não dói?), sem balões de água nem fantasias pindéricas que parecem saídas de um catálogo porno.
O carnaval passou-me ao lado (como nos últimos 10 anos). Mas o feriado foi muito bom.

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