(Não vi, mas o L. contou-me isto com ar de espanto e de " estamos feitos ao bife, é o que é...")
Peter Pan agarra no telemóvel do pai e começa a mexer no ecrã, o L. pede-lhe o telemóvel de volta "filho, dá ao pai", o pequeno buda vai ao cesto dos brinquedos, começa a tirar coisas para fora, atira várias para o chão até encontrar o que quer. Pega no telemóvel de brincar e estica o braço para o entregar ao pai, com o seu melhor sorriso na cara... sacana...
"Passou tudo tão depressa / nunca te falei de mim / o que digo não importa / o que sinto talvez sim."
domingo, 22 de dezembro de 2013
sábado, 21 de dezembro de 2013
Momento (CCXXXIX)
45 minutos na piscina com Peter Pan, só ensombrados pelo ataque de choro quando viu o pai a tirar fotos e quis sair da piscina para ir abraçá-lo (deve ter pensado "que raio, mas és tu que costumas estar aqui dentro comigo..."
quinta-feira, 19 de dezembro de 2013
terça-feira, 17 de dezembro de 2013
O melhor do meu dia... todos os dias
Peter Pan acorda às seis e meia da manhã (é raro, mas de vez em quando lá calha...), o L. vai buscá-lo para a nossa cama para tentar que durma mais um pouco, mas assim que se vê no meio de nós, o estafermo só quer palhaçada, já não se cala um minuto, enfia-nos os dedos dentro da boca ou dos olhos, belisca-me e puxa-me os cabelos, atira-se para cima de nós e dá-nos pézadas, ou calcula mal as distâncias e acaba com a cabeça na parede.
E no final do dia, quando conversamos sobre o estado de exaustão permanente em que nos sentimos, quando nos queixamos que estamos de rastos e perguntamos um ao outro "achavas que ía ser assim?", a nossa cara abre-se num sorriso que cura tudo e os olhos brilham quase tanto como as luzes brancas da árvores de natal, porque chegamos à conclusão que basta um sorriso do nosso filho, uma careta, um mimo pedido, para esquecermos tudo, ou para dizermos que tudo vale a pena, cada minuto (hora...) de sono perdido, cada bocado de comida apanhado do chão, cada brinquedo arrumado pela quinta vez seguida.
(Vir para aqui dizer todos os dias que o melhor do meu dia é o meu filho, todo ele, o seu cheiro, o seu riso, as suas "conversas", a cabeça dele encostada ao meu ombro a pedir festas, cada pequena conquista, cada nova gracinha.... é capaz de se tornar um bocado repetitivo...)
E no final do dia, quando conversamos sobre o estado de exaustão permanente em que nos sentimos, quando nos queixamos que estamos de rastos e perguntamos um ao outro "achavas que ía ser assim?", a nossa cara abre-se num sorriso que cura tudo e os olhos brilham quase tanto como as luzes brancas da árvores de natal, porque chegamos à conclusão que basta um sorriso do nosso filho, uma careta, um mimo pedido, para esquecermos tudo, ou para dizermos que tudo vale a pena, cada minuto (hora...) de sono perdido, cada bocado de comida apanhado do chão, cada brinquedo arrumado pela quinta vez seguida.
(Vir para aqui dizer todos os dias que o melhor do meu dia é o meu filho, todo ele, o seu cheiro, o seu riso, as suas "conversas", a cabeça dele encostada ao meu ombro a pedir festas, cada pequena conquista, cada nova gracinha.... é capaz de se tornar um bocado repetitivo...)
domingo, 15 de dezembro de 2013
sábado, 14 de dezembro de 2013
Momento (CCXXXVIII)
O cozido à portuguesa que foi o almoço de casamento, o mais descontraído e simples a que alguma vez fui.
Trocar as voltas
Peter Pan lembra-se de dar uma cabeçada numa cadeira. A pálpebra começa a inchar e a ficar negra. Uma hora antes do casamento. Da madrinha dele. Onde foi o menino das alianças.
(As fotos ficaram um mimo...)
(As fotos ficaram um mimo...)
sexta-feira, 13 de dezembro de 2013
Momento (CCXXXVII)
Passar a manhã a comprar prendas de Natal na companhia de Peter Pan, que aguentou estoicamente e bem-disposto todos os tempos de espera de embrulhar livros, muito livros, e garrafas de vinho e caixas de bolachas e de chocolates.
(Só me falta comprar os dois presentes para os homens da minha vida....)
(Só me falta comprar os dois presentes para os homens da minha vida....)
terça-feira, 3 de dezembro de 2013
Peter Pan é o novo Hulk
Vamos a Leiria para o último exame da saga Infecção Urinária, uma cintilografia para verificar se não há nenhuma lesão ou cicatriz nos rins que tenha originado ou sido originada pela maldita infecção. A ideia de injectarem radiação gama nas veias do nosso filho deixou-nos de sobrolho franzido, mas a médica descansou-nos (ou pelo menos tentou) garantindo que a concentração é extremamente baixa, tanto que para obter uma única imagem são necessários cinco minutos, enquanto que num raio-x, por exemplo, a imagem é obtida em menos de um segundo. Depois da injecção e do choro sentido de Peter Pan, mais de raiva por lhe estarem a agarrar o braço do que de dor, tínhamoso duas horas e meia para queimar até ser possível fazer as imagens. Fomos passear para o centro da cidade, sentar numa esplanada a apanhar o sol maravilhoso que nos fez esquecer o frio cortante da manhã,
vaguear pelas ruas empedradas e ver montras decoradas com o melhor espírito natalício, replicado pelos altifalantes em músicas de Natal do século passado,
descobrir a Funmácia (tive de ir à net à procura de imagens), que conceito giro, que ideia tão porreira para presentes,
deixar Peter Pan agarrar quantas folhas secas conseguisse e molhar a mão no repuxo de água da fonte,
e almoçar um cozido à portuguesa num verdadeiro restaurante português, daqueles que não precisam de apregoar que são típicos, porque já ali estão há décadas, onde as cozinheiras vêm espreitar à sala para ver o bebé para quem foi pedida a sopa passada, e a mousse de chocolate tem o melhor aspecto do mundo.
Depois foi só regressar à Unidade de Medicina Nuclear (só o nome assusta...), deitar Peter Pan numa máquina de TAC (ou algo parecido), distraí-lo e dar-lhe as mãos sem o apertar (sentir-se preso só ía irritá-lo mais, e aí é que ninguém o segurava) para que se mantivesse quieto durante 15 minutos. Nós fizémos festas e palhaçadas, a médica cantou para ele, a televisão mostrava episódios do Noddy de enfiada (a que ele não ligou nenhuma, benzódeus...), mas mesmo assim foi necessário recomeçar três vezes, até obter as três imagens que nos deram a paz de espírito final: Peter Pan não ficou com nenhuma mazela, nem tem nenhuma malformação de nascença nos rins, como se chegou a suspeitar.
(Isto sim, foi o melhor do meu dia. Este alívio e esta leveza no coração.)
(Agora é esperar que ele não fique verde durante a noite...)
vaguear pelas ruas empedradas e ver montras decoradas com o melhor espírito natalício, replicado pelos altifalantes em músicas de Natal do século passado,
descobrir a Funmácia (tive de ir à net à procura de imagens), que conceito giro, que ideia tão porreira para presentes,
deixar Peter Pan agarrar quantas folhas secas conseguisse e molhar a mão no repuxo de água da fonte,
e almoçar um cozido à portuguesa num verdadeiro restaurante português, daqueles que não precisam de apregoar que são típicos, porque já ali estão há décadas, onde as cozinheiras vêm espreitar à sala para ver o bebé para quem foi pedida a sopa passada, e a mousse de chocolate tem o melhor aspecto do mundo.
Depois foi só regressar à Unidade de Medicina Nuclear (só o nome assusta...), deitar Peter Pan numa máquina de TAC (ou algo parecido), distraí-lo e dar-lhe as mãos sem o apertar (sentir-se preso só ía irritá-lo mais, e aí é que ninguém o segurava) para que se mantivesse quieto durante 15 minutos. Nós fizémos festas e palhaçadas, a médica cantou para ele, a televisão mostrava episódios do Noddy de enfiada (a que ele não ligou nenhuma, benzódeus...), mas mesmo assim foi necessário recomeçar três vezes, até obter as três imagens que nos deram a paz de espírito final: Peter Pan não ficou com nenhuma mazela, nem tem nenhuma malformação de nascença nos rins, como se chegou a suspeitar.
(Isto sim, foi o melhor do meu dia. Este alívio e esta leveza no coração.)
(Agora é esperar que ele não fique verde durante a noite...)
domingo, 1 de dezembro de 2013
Momento (CCXXXVI)
Passar o final da tarde sentada no pufe da sala, a ler um livro, com Peter Pan a brincar a meus pés, a parar de vez em quando só para vir atirar-se para os meus braços à espera de cócegas e beijos no pescoço, antes de voltar para os seus legos (mimo, tanto mimo, sempre mimo...).
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