sexta-feira, 28 de setembro de 2012

O luxo supremo

Dormir quatro horas e meia seguidas.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

(Está tão crescido...)

Peter Pan já dorme sozinho no quarto dele.

(Não tarda nada vai para a universidade...)

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Admitir (III)

Peter Pan mexe-se imenso enquanto dorme, e farta-se de fazer sons (será que sonha? com o quê?). E quando acordava, em vez de deixá-lo estar um pouco a refilar no berço, para que aprendesse a voltar a adormecer sozinho, levantava-o logo para não acordar o L. Que já está a trabalhar. E desperta com todos os barulhinhos do filho, como eu. Um de nós tem de dormir bem. Por isso decidi mudar-me com Peter Pan para o quarto dele, que ainda tem a cama de casal de quarto de hóspedes que era anteriormente (acho que o L. não ficou muito convencido com esta mudança, e vai sentir a nossa falta, e eu também preferia dormir no calor dos braços dele - bem me bastou mais de dois meses de sofá - mas é uma situação provisória, para o bem estar dele).
Esta noite, a primeira que passámos a dois, Peter Pan acordou às sete e tal da manhã, no intervalo entre mamadas, e queria conversa. Para tentar ganhar mais uma ou duas horas de sono, deitei-o na cama ao meu lado. E foi assim que o L. nos encontrou de manhã, antes de sair para o trabalho.
"Admite lá, estavas deserta para dormir com ele na cama, não estavas?"
(E sentir o calor do corpo dele, e cheirar-lhe as bochechas, e ver-lhe a boquinha a chuchar em seco...)

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Faltar(-nos) o ar

Primeiro ouvi o som. Um gemido aflitivo. Corri da sala para o quarto onde o L. adormecia Peter Pan. Ele já vinha para a luz da cozinha, com o nosso filho virado para baixo, vermelho do esforço de tentar respirar, engasgado com a própria saliva. "Chora, filho, chora para entrar ar". Sustive a respiração naqueles segundos intermináveis de susto, como se o ar que me faltava pudesse ser necessário para ele.
Quando finalmente chorou e se acalmou, adormeci-o no meu colo, e não queria deitá-lo no berço. Lembrei-me de uma conversa que tínhamos tido há quase um mês, quando me caiu a ficha e disse ao L.  "Tenho plena consciência que vou passar o resto da minha vida preocupada". E sei que vou mesmo, por mais que ele me diga (e sei que tem toda a razão, e tento fazê-lo, mesmo nos dias em que estou rabujenta com sono) "curte o puto ao máximo, ele não vai ser sempre assim deste tamanho".
Este foi o primeiro susto de muitos, eu sei. Também sei que sou capaz de reagir sem entrar em pânico paralisante. Mas a simples ideia de algum mal ou sofrimento acontecer a este pedaço de gente que enche os meus dias de significado provoca-me um medo angustiante.

sábado, 8 de setembro de 2012

Passear

Peter Pan foi pela primeira vez à praia. À nossa praia. A primeira que o pai dele conheceu. A primeira onde passámos férias juntos. Fez uma cara estranha mas não chorou quando sentiu a areia molhada nos pés. Esteve mais desperto do que o normal, numa ânsia de absorver tudo, o som das ondas do mar, os cheiros e a luz, novidades a cada instante deste mês e meio de vida.
(E o meu deslumbramento continua...)








sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Momentos (CLXXXVI)

Ver o meu filho (adoro dizer isto... meu filho...) sorrir enche-me o coração.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012