terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Agridoce (II)




Voltar à tua Serra será sempre um equilíbrio frágil entre o deslumbre da paisagem que me faz sentir pequena e as saudades do teu sorriso que me fazem sentir minúscula. Não preciso de me ajoelhar aos pés da campa, como fiz hoje, para sentir a falta que me fazem. Falo convosco quando quero e preciso (tantas vezes, ironicamente, quando estou a fumar um cigarro à janela, sabendo o quanto este meu vício vos deve moer...)
Senti a tua presença em cada rajada de vento gélido que me empurrava, e o teu respeito pela Serra em cada gota de chuva grossa que me batia na cara. A natureza no seu estado mais bruto e selvagem, a recordar-me que não é possível controlar tudo. E que a vida (tal como a natureza) se encarrega sempre de seguir o seu rumo.

Sem comentários:

Enviar um comentário